Carolyn caminhava pela areia molhada da praia em frente da casa dos avós. Tinham chegado no dia anterior a Carolina do Sul, a casa dos avós, e Carolyn ainda não se tinha habituado à falta do avô que fazia sempre tanta falta naquela casa. Lembrava-se agora de todos os momentos que passara naquela praia na companhia dos avós. Desde que tinha chagado que tentara conter as lágrimas, mas agora, enquanto ali estava praticamente sozinha - só ela, o mar e as ondas - sentia necessidade de "deitar tudo cá para fora.
Sentou-se na areia húmida e começou a apanhar as conchinhas à sua volta e a pôr na bolsinha que trazia à tiracolo enquanto deixava as lágrimas deslizarem pela sua face e cairem na areia. De repente houve alguém que se aproximou. Carolyn sem desviar o olhar da areia começou a limpar as lágrimas freneticamente. Antes que pudesse levantar a cara para ver quem se aproximava, ouviu uma voz familiar. Era Dylan.
- Carolyn, a tua avó disse para irmos jantar - ela levantou a face para ele, e este logo percebeu que tinha estado a chorar, mas preferiu não fazer perguntas, pois sabia perfeitamente que Carolyn não queria que o fizesse.
- Está bem - ele esticou a mão para ajudá-la a levantar-se - Desculpa ter-te deixado sozinho este tempo todo...
- Achas que me importo? - interrompeu-a - A companhia da tua avó é absolutamente espectacular - disse com um largo sorriso.
- Oh, ainda bem.
Atravessaram a praia, depois a estrada e logo chegaram a casa.
Durante o jantar não houve as habituais divertidas conversas à mesa. Apesar de Dylan tentar animar toda a gente, nada resultava.
Depois do jantar Carolyn foi para o seu quarto. Sentou-se na cama e ficou a observar todos os pormenores do seu antigo e humilde quarto. Não era bem o quarto de uma adolescente com dezasseis anos. As paredes estavam forradas com um papel de parede às riscas com vários tons de cor-de-rosa e estava salpicado com flores de várias cores. Tinha os seus desenhos de quando era pequena pendurados na parede, fotografias suas de quando era pequena, bonecas antigas - algumas sem braços, pernas ou mesmo cabelo - e, aquilo que ela mais admirava no seu quarto, a sua velha guitarra clássica oferecida pelos avós quando fizera seis aninhos. Tinha sido a sua primeira guitarra e também tinha sido com ela que fizera o seu primeiro espectáculo na sua antiga escola de música em Santa Bárbara. Agora, depois de o pai lhe ter comprado uma nova, estava ali, na casa dos avós, sem umas cordas e toda desafinada.
Dylan saiu da varanda e foi sentar-se a seu lado. Olhou para ela e assim ficou durante alguns segundos. Carolyn quando se deu conta que ele a contemplava, olhou para este com uma expressão de dúvida no rosto.
- Que foi?
- Pergunto-me em que é que tu tanto pensas.
Ela suspirou.
- Bem, depois de tudo o que aconteceu, estar nesta casa faz-me lembrar de muitas coisas que já não me lembrava nem dava valor à uns tempos.
- Estou a ver...
- É bom lembrar-me de tudo isto, mas... quer eu queira quer não lembro-me sempre da morte do meu avô.
- Então... não querias estar aqui?
- Não, não é nada disso. É, que gostava que a parte do meu cérebro que me faz pensar nele adormecesse por enquanto. Não consigo aguentar mais isto... chorar todos os dias por não o ter por perto faz-me querer adormecer para sempre para não pensar na falta que ele nos faz. A minha mãe bem me diz para me distrair e não pensar no assunto, porque - respirou fundo - tenho que aceitar o facto de ele não estar mais por perto.
- Vais ver que essa ferida vai curar depressa e que vais voltar a sorrir mais vezes. Gosto tanto do teu sorriso, e ele faz-me imensa falta - ela olhou para ele e sorriu, tentando por mais que tudo não desatar a chorar na sua frente. Dylan olhou em volta percebendo a aflição dela tentando procurar algo que pudessem falar para a distrair. Foi então que os seus olhos encontraram a velha guitarra - É tua? - disse levantando-se e pegando na guitarra.
- Sim, foi a minha primeira guitarra oferecida pelos meus avós quando era pequena.
- E tocas?
- Ultimamente não. Desde que o meu pai começou a trabalhar mais que não temos tido tempo de treinar juntos.
- Foi o teu pai que te ensinou a tocar?
- Não, primeiro tive aulas, mas depois decidimos que não era preciso porque o meu pai podia ensinar-me, já que eu sabia o básico.
- Nunca me tinhas dito.
- Nunca calhou dizer - sorriu.
- Eu já tive aulas de guitarra eléctrica e bateria... mas sabes que estou mais virado para a bateria.
- Yah.
- Então... estás preparada para amanhã?
- Se queres que te diga, não, não estou - Carolyn baixou a cabeça e ficou a olhar para os seus pés.
Apesar de se ter estado a mentalizar durante os últimos dias, Carolyn ainda não estava bem preparada para o velório do avô que seria no dia seguinte.
- Carrie, querida... - disse a Sr.ª Williams num tom bastante doce - Acorda filha, temos de nos despachar.
Carolyn abriu os olhos devagar e bocejou de seguida sentou-se na cama. A sua mãe levantou-se e caminhou até à porta.
- Estamos lá em baixo à tua espera para tomar o pequeno-almoço - sorriu, depois virou costas e saiu pela porta por onde entrou.
Levantou-se lentamente da cama e dirigiu-se para a casa-de-banho quase como um zombie. Ligou a água no frio, despiu-se e deixou-se ficar sentada no chão do chuveiro com a água fria a percorrer-lhe o corpo. Era um género de choque eléctrico que lhe percorria a espinha, um arrepio. Uma boa maneira de se preparar para o dia que iria enfrentar. Iria finalmente ver o seu avô.
Quando finalmente chegou à cozinha forçou um sorriso para encarar o pai, a mãe e Dylan que estavam à mesa a terminar o pequeno-almoço.
- Bom dia, princesa - disse o pai a sorrir - Dormiste bem?
- Na verdade não - disse sentando-se numa cadeira ao lado de Dylan.
- Nervosa?
Carolyn suspirou enquanto Dylan lhe passava o leite.
- Sim.
Era bastante óbvio que o pai estava a tentar parecer calmo e descontraído, mas na verdade estava tão nervoso quanto a mãe. A diferença era que a mãe não conseguia disfarçar.
Desculpem, desculpem ter demorado mais um bocado mas é que... a imaginação foi-se outra vez :\ Ainda por cima estas cenas da historia são mais dificeis de escrever para mim... Espero que gostem :)
Olá! Eu sei, eu sei que já n posto desde o inicio de agosto! Mas é que uns dias dps de postar fui outra vez de férias pro algarve e desde dps das férias faltou-me inspiração e paciência. Mas agr com o inicio das aulas e com o Inverno (sim, pk n há nd melhor que ficar em casa com a lareira acesa e a escrever pra fic de pijaminha e pantufas ^^) vou msm voltar a escrever... mas já sabem: em altura de testes e trabalhos a cena vai ficar complicada. Para recomeçar só vos peço uma coisa, chamada motivação. E já sabem que Motivação = Comentários XD!
Bye :3
- Lamento pelo teu avô – disse quase como um suspiro. Carolyn levantou a cabeça do seu peito e olhou para ele – Há coisas que têm de acontecer. E nós temos de aprender a lidar com isso, a vida toda.
- Eu sei… - passou a língua pelos lábios – Mas custa-me tanto crer. A vida é injusta.
Dylan sorriu.
- Vais ver que daqui a um tempo vai ficar tudo bem outra vez. Agora só o tempo te pode curar.
Quando Carolyn acabou de falar com Dylan lembrou-se da sua mãe. Devia estar de rastos e precisava do seu apoio. A sua mãe bem sabia o quanto Carolyn adorava o avô e por isso eram elas e mais a avó de Carolyn que iriam ter mais dificuldades em superar a dor. Carolyn correu para o quarto onde se encontrava a mãe. Abriu a porta mansamente e deparou-se com a mãe completamente fragilizada, deitada em cima da cama onde também o seu pai se encontrava junto a ela, tentando consolá-la. Carolyn correu para os braços da mãe e abraçou-a como uma criança de cinco anos.
No dia seguinte, Carolyn tinha ficado em casa enquanto estavam todos na praia, excepto os seus pais que tinham ido resolver uns assuntos. Assuntos que ela nem quis bem saber o que eram. A sua auto-estima estava tão baixa que já nada lhe interessava. Dylan bem quis ficar em casa com ela, mas Carolyn fez questão de ele não ficar a perder tempo com ela, a perder tempo do seu Verão, e disse-lhe que queria ficar sozinha. Depois de muito discutirem ele cedeu. Deu-lhe um beijo na testa e saiu para ir ter com Emily, George e os seus pais que desta vez iam com eles, e que já se encontravam na porta à sua espera.
À tarde, quando chegaram a casa, Dylan foi ter com ela ao quarto, onde Carolyn ainda parecia estar na mesma posição desde que ele partira de manhã. Estavam a falar quando foram interrompidos pelo pai de Carolyn que bateu ao de leve na porta e depois espreitou para dentro do quarto.
- Sim, pai? - perguntou baixinho.
-Querida, - Carl fechou a porta e foi sentar-se na cama de Emily virado de frente para ela e para Dylan - amanhã vamos até à Carolina do Sul. Fomos à bocado tratar dos bilhetes. Vamos lá apoiar a tua avó e também vamos… ao velório do avô. Ficamos lá uma semana. O que achas? Queres vir?
Carolyn forçou um sorriso.
- Acho que… sim, quero.
- Ok. Se não quiseres ir ao velório… nós compreendemos…
- Não, – interrompeu-o – eu quero.
Carl assentiu e saiu por onde entrou. De seguida Carolyn olhou para Dylan.
- Quero que venhas comigo.
- O quê? Tens a certeza?
- Absoluta – respirou fundo e olhou para baixo – Eu preciso de ti – voltou a olhar para ele – Do teu apoio. Ah, e tu… queres?
Ele sorriu.
- Contigo vou ao fim do mundo.
Carolyn correu para os pais e falou-lhes sobre Dylan. Eles pensaram durante uns segundos e depois concordaram. Na verdade, eles sabiam que Dylan iria ajudá-la a superar a situação. Os seus pais falaram com os pais de Dylan e estes, um pouco receosos com medo de Dylan vir a atrapalhar, concordaram. Compraram mais um bilhete pela internet e depois ficou tudo sobre rodas.
No dia seguinte, Carolyn acordou com o abrir das persianas do quarto. O sol entrou bruscamente pelo quarto iluminando-o. Abriu os olhos devagar e viu Dylan olhando-a com um largo no rosto.
- Bom dia… - disse num tom baixo.
- Oi… - levantou-se de manso sentando-se na cama e bocejou – Que horas são?
- Oito e meia da manhã – disse em tom de satisfação.
- Mas porquê tão cedo? Os meus pais só disseram às nove da manhã. E eu ainda estava no primeiro sono – exclamou com a voz ainda meio esquisita.
- Bem… eu acordei durante a noite, às cinco quase seis, por causa do George – sentou-se ao lado dela – Ele ficou sonâmbulo…
- A sério? Não sabia que ele era sonâmbulo.
- Desde pequeno que faz isto. Uma vez quando éramos putos e eu fui dormir a casa dele, apanhei um grande susto. Levantou-se a meio da noite e subiu e desceu as escadas da casa às escuras. Eu falava com ele e perguntava-lhe o que é que se passava e ele não me respondia. Depois como se nada fosse deitou-se outra vez na cama. No outro dia de manhã não se lembrava de nada. Só depois é que me disse com a maior das naturalidades que talvez tivesse estado sonâmbulo.
- Lol! E o que é que ele fez esta noite?
- Foi à cozinha fazer sabe-se lá fazer o quê e depois... voltou para a cama.
- Como é que sabias que ele estava sonâmbulo?
- Falei com ele e não me respondeu. E depois quis voltar a dormir e, não sei porquê, não consegui. Quer dizer, dormi só um bocadinho e depois não consegui mais.
- E por isso vieste acordar-me? – ele riu-se e ela cerrou as sobrancelhas.
- Hum… sim – ela bufou – Assim despachas-te mais cedo.
Depois de se despacharem e fazerem as malas, despediram-se do resto das pessoas e meteram-se no carro a caminho do aeroporto.
Passado algum tempo de espera, depois de serem inspeccionados e de almoçarem, entraram no avião. Haviam três filas de assentos tal como quando foram para Miami, mas desta vez a fila do meio apenas tinha dois assentos, tal como as filas paralelas. Os pais de Carolyn sentaram-se na fila do meio e ela e Dylan sentaram-se na fila da esquerda. Dylan, tal como da primeira vez, deixou Carolyn ficar à janela. Não que ela fizesse questão. Ele apenas se ofereceu.
A viagem pareceu bastante longa para Carolyn. Afinal de contas, continuava bastante perturbada com a morte do avô. Sempre que se tocava no assunto ou sempre que havia alguma coisa que a fazia lembrá-lo sentia uma necessidade enorme de chorar. Às vezes quando não se continha, fechava-se no quarto quando Emily não estava presente e desatava a chorar. E todas as noites acontecia o mesmo quando se deitava. Desejava sempre adormecer logo para isso não acontecer e tentava nunca pensar no assunto, mas parecia quase impossível.
Na viagem, sem querer, adormeceu no ombro de Dylan apesar de serem poucas horas de voo. Ele sentiu-se até bastante lisonjeado por isso.
Quando finalmente entraram em Garden City, South Carolina, Carl continuo a conduzir até chegarem a uma pequena casinha numa rua um pouco deserta. Estacionou em frente da casa e de seguida alguém abriu a porta da mesma. Era uma senhora idosa, de cabelos brancos vestida com um estilo primaveril. Era a sua avó.
Olá, olá! Trago-vos mais um capitulo ;) Espero mesmo que gostei ^^ e também estou contente com os comentários... continuem assim q eu faço o mesmo :D
P.S.- Ah, e sabem a historia de sonambolismo do George... ispirei-me em mim mesma... yh... isso aconteceu-me mesmo quando eu tinha prai uns 9 anos XD
Kisses <3
Ele sentou-se à beira dela, levantou-lhe a face para ela o olhar nos olhos, limpou-lhe as lágrimas e lamentou:
- Desculpa… a culpa é minha.
- Não, não é só tua Dylan – levou o braço em direcção à cara e limpou o resto das lágrimas – Também é minha. Eu é que me descontrolei.
- Mas se eu não devia ter-te provocado. Aliás, a culpa é mais minha do que tua – Dylan afastou-lhe o cabelo da cara delicadamente - Desculpa… juro que te vou tentar esquecer.
- Pois, talvez seja melhor assim. Desculpa ter de ser desta maneira.
- Não tens de pedir desculpa. A culpa é minha.
Dylan afastou-se, despediu-se e saiu pela porta por onde entrou. Ela deitou-se na cama e ficou a pensar numa conversa que tinha tido com Dave quando ele já tinha ido para Detroit e ela estava a avisá-lo que ia para Miami enquanto estava a passar a tarde com George e Dylan.
“- Dave?
- Oi amor! ‘Tá tudo bem?
- Sim, está tudo óptimo! E tu?
- Também. Agora já estou em casa dos amigos dos meus pais.
- E como é que está a ser?
- Um bocado secante… ‘Tou desejoso de voltar para casa e estar contigo e com os outros.
- E quando é que voltas?
- Daqui a um mês.
- Pois. Bem, amanhã vou para Miami.
- A sério?
- Yah. O patrão do meu pai e a familia dele convidaram-nos para irmos passar um tempo a casa deles.
- Então finalmente vais ter férias. Ainda por cima em Miami! Que sorte!
- Mesmo! E o patrão do meu pai tem dois filhos…
- Putos?
- Não… têm 16 anos, ou seja, a nossa idade.
- Mas são gajas?!
- Não… quer dizer… é uma gaja, e um gajo. – disse Carolyn mordendo o lábio.
- Um gajo?! Oh não…
- Oh, não é caso para alarmes! Nós somos amigos e eu só penso em ti. Podes estar descansado.
- Eu sei. Mas o problema não és tu, eu confio em ti. O problema… é ele. Tu não deixes que ele te toque!
Carolyn riu-se – Please! Não te preocupes… ele não me vai tocar.
- Já sabes, se ele te tocar, só tens de me ligar que eu tenho uma conversinha com ele!
- Whatever…
- É que… tu és linda e… os gajos devem ser às resmas atrás de ti!
- Ai que exagerado!
- É verdade! E como é que ele se chama?
- Dylan.
- Tem logo nome de idiota! – Carolyn riu-se.
- Ele até parece um tipo fixe. Mais não mais que isso…
- Um tipo fixe… pois. O que ele quer sei eu…!”
Era terrível pensar que tinha quase prometido a pés juntos a Dave que nada iria acontecer e depois… tinha acontecido tudo aquilo que ela prometera.
Carolyn estendeu a toalha na areia e deitou-se nesta. O seu telemóvel estava pousado na sua frente e Carolyn olhava para ele com uma expressão desespero e tristeza no rosto. Dylan sentou-se na toalha desta e ficou a olhar para ela.
- Carolyn, não vai mudar nada ficares a desperdiçar o teu tempo a olhar para essa porcaria. Esquece isso e anda mandar uns mergulhos.
- Mas e se ele me liga?
- Ainda só passaram dois dias… Acho que é pouco tempo para ele pensar – ele ergueu-se.
Ela suspirou e levantou o olhar para ele.
- Ok… - ela levantou o braço para ele e este puxou-a para cima.
Ele sorriu e levou-a pelo braço até ao mar.
Três dias depois Carolyn e o resto do pessoal estavam a jantar no Mc Donalds. Tinham planeado ir divertir-se um pouco à noite. Iam a uma discoteca depois do jantar. Queriam tentar afastar a tensão de Carolyn e libertá-la um pouco mais. A noite tinha corrido bem. Dançaram, beberam (muito pouco), riram, etc., até chegarem a casa.
Dylan pôs a chave de casa na porta e abriu-a. Quando entraram os seus pais, menos a mãe de Carolyn, estavam todos sentados no sofá da sala de estar excepto o pai de Dylan e de Emily que estava de pé ao lado do sofá principal. Estavam todos com uma expressão bastante temível no rosto. E também era bastante estranho estarem acordados às três horas da manhã.
- O que é que fazem acordados a esta hora? – perguntou Dylan fechando a porta.
- O que é que se passa? – progrediu Carolyn.
Fizeram-se uns minutos de silêncio na sala enquanto Carolyn e Emily se sentavam as duas num outro sofá e Dylan e George se sentavam nas pontas deste. Carolyn começava a ficar nervosa por reparar que a sua mãe não se encontrava na sala e que o seu pai se encontrava com uma expressão perturbada.
- Onde está a mãe? – perguntou ela ao pai um pouco exaltada.
- A mãe está lá em cima no quarto. Mas tem calma que está tudo bem com ela.
- Ok… - Respondeu aliviada – Mas e então o que é que aconteceu?
A mãe de Dylan entreolhou-o e ele olhou novamente para Carolyn. Levantou-se e foi sentar-se ao lado dela no sofá. Dylan levantou-se e foi para o lado de George para não estar muito próximo de Carolyn e do pai. Sentia-se a mais já que aquilo era um momento pai e filha bastante constrangedor. Carl respirou fundo e olhou para ela como se fosse uma obrigação.
- Bem, nós… estávamos a dormir quando recebemos uma chamada… do hospital – Carolyn começou a ficar cada vez mais nervosa mas nada lhe passava pela cabeça. Não tinha a mínima ideia do que poderia ter acontecido. Enquanto decorria a conversa Emily, George e Dylan ficavam ainda mais preocupados e por isso Emily puxou a mão de George e agarrou-a – E era uma enfermeira. Ela que disse que… o avô Joseph foi… - Carl começava agora a ter dificuldades em falar - encontrado morto hoje em casa, pela tua avó… depois de ter um AVC – Carl começou a chorar – Lamento filha – Carolyn ficou petrificada sem conseguir acreditar. O pai abraçou-a e depois Carolyn começou a chorar desalmadamente sem conseguir sequer parar. Mas nunca sem deixar de abraçar o pai. Juntamente com ela também Emily e Luise a mãe da Emily e do Dylan também choravam. De seguida separou o abraço e foi a correr para o quintal. Precisava de estar sozinha e de respirar ar puro. A Natureza sempre a ajudava a ficar mais calma.
Sentou-se num banquinho no fundo do extenso quintal e ficou de cabeça baixa a deixar as lágrimas caírem na relva. Sempre adorara o seu avô. Mais até do que os avós paternos e da avó materna. Era sempre ele que a ouvia e que a animava quando estava em baixo. Lembrava-se de quando era pequena e ia sempre todos os Verões passar um tempo na Carolina do sul em casa dos avós. Quando lá estava iam os dois todos os sábados à pesca para uma casinha de madeira bastante velha junto do rio. Tinha sido ele a ensina-la a pescar, a andar de bicicleta, a jogar à bola - apesar de ser uma rapariga gostava muito de jogar à bola - e a olhar para a vida com outros olhos. Talvez até tivesse sido ele o melhor a educá-la na família, até melhor que os próprios pais. Não que os pais não a tivessem educado bem. Até a educaram muito, muito bem. Mas Joseph era diferente. Era um pensador! Tentava sempre mostrar-lhe aquilo que a vida tinha de bom e de mau, mas de forma distinta. Contava-lhe sempre mil e uma histórias sobre as suas grandes aventuras. E enquanto professor também lhe tinha ensinado muitas coisas. Era uma pessoa bastante social e simpática para todos. Sempre disposto a ajudar. Carolyn iria sentir bastante a sua falta. Iria guardar uma grande saudade durante todos os anos que vivesse.
Enquanto ali estava Dylan abriu a porta das traseiras e como era de noite e as luzes do jardim não estavam acesas ele não a conseguia ver. Emily e George ficaram à porta. Ela e George queriam ir ter com ela mas acharam que todos de uma vez não ia ajudar. Então Dylan foi primeiro. Chamou por ela umas vezes mas não obteve resposta. Carolyn estava a chorar tanto que não conseguia responder-lhe. Foi então que ele a ouviu chorar e conseguiu ir ao seu encontro. Ela estava sentada num banco bastante escondido debaixo de uma árvore. Ele ficou um tempo de pé parado a olhar pare ela cheio de pena e depois sentou-se ao seu lado e agarrou-lhe na mão. Assim que ele o fez, Carolyn separou a sua mão da dele e abraçou-o com alguma força e de seguida ele abraçou-a também. Ela não o queria largar. Ele era o que ela precisava mais naquele momento: apoio. Dylan era realmente um ombro para chorar e um formidável amigo. Sempre que ela precisava dele, lá estava ele para ela sempre com um sorriso no rosto, pronto a reconfortá-la.
- Lamento pelo teu avô – disse quase como um suspiro. Carolyn levantou a cabeça do seu peito e olhou para ele – Há coisas que têm de acontecer. E nós temos de aprender a lidar com isso, a vida toda.
Que tal? Quero mt comentarios ta bien?
kisses
Olá!
Só queria dizer uma coisita antes de lerem. Na barra lateral pus uma musiquita xD há um problema... o botão tá marado... era suposto estar ali um play/pause e não akilo -.-' e não era suposto estarem lá dois... iguais. Mas pronto se quiserem ouvir é só clicarem num desse botoes e dps clicam no play e dps clicarem no botão outra vez.
Depois de todos se reunirem na sala partiram para o restaurante. Sim, porque os pais acharam que tinham estado um pouco distânciados dos filhos durante as férias para lhes darem liberdade e agora queriam apenas conviver um pouco com eles.
Carolyn fechou a ementa e passou-a a Emily que se encontrava na sua frente. Emily passeou o olhar pela ementa e deu um gritinho de pura alegria!
- Fixe! Há aquele bolo super bom que eu já não como à uma data de tempo!
Carolyn olhou para ela algo intrigada.
- Mas tu ainda nem escolheste o prato principal e já vais nas sobremesas?
- Típico… - disse George que estáva sentado ao lado dela.
- Qual é o mal? – Carolyn encolheu os braços e continuou a comer um pãozinho com manteiga.
Depois de todos escolherem que pratos iriam querer, o empregado aproximou-se, anotou todos os pedidos, recolheu as ementas e foi-se embora.
O resto do jantar decorreu sem problemas. Embora Carolyn estivesse com um ar um pouco descontraído estava bastante nervosa e preocupada. Parecia ter um enorme buraco negro a sugá-la constantemente no peito, lá bem dentro do coração. E no final do dia sentia-se ainda pior. Chegava à conclusão que mais um dia tinha passado e nada fizera. Sentia-se a sufocar. Como de estivesse fechada num espaço sem saída e esse espaço fosse ficando cada fez mais pequeno. Como se à medida que o tempo ia passando, também o ar ia desaparecendo. E também todas as noites passavam a ser um problema. Como não conseguia adormecer, dormia sempre muito pouco.
Carolyn deixara que a atracção por Dylan se descontrolasse. Não bastava ser fiel a Dave fisicamente, ele merecia também a sua fidelidade emocional. E agora, estava a pagar por tudo o que fizera. Mas queria por tudo acabar com aquele sofrimento. Já tinha aprendido a lição! Mas toda aquela dor não iria terminar assim que lhe contasse. A seguir disso, iria ficar ainda mais destroçada.
Quando chegaram a casa Carolyn e Emily prepararam-se e meteram-se a relaxar deitadas na cama. Carolyn ficou a ler e Emily a ouvir musica. O telemóvel de Carolyn estava em cima da mesa-de-cabeceira quando este vibrou. Estava alguém a tentar ligar-lhe. Ela levantou-se, agarrou no telemóvel e olhou para o ecrã. Quando viu que era Dave quem lhe ligava ficou imóvel a olhar para o telemóvel. E depois passou à fase seguinte: entrou em transe!
- Emily! – Carolyn tinha de pedir ajuda urgentemente – O Dave está a ligar-me! O que é que eu faço?! Atendo ou não? Ele vai fazer-me um monte de perguntas se eu atender! – parou um pouco para pensar – E se eu não atender ainda vai fazer mais! – ela falava para Emily sempre com os olhos postos no telemóvel, portanto, não percebeu que Emily não a estava a ouvir minimamente. Emily estava deitada na cama de barriga para cima a ouvir musica aos altos berros e de olhos fechados a curtir a mesma movendo-se levemente dum lado para o outro e a estalar os dedos: estava a dançar! – Emily! – Carolyn chegou ao pé dela e tirou-lhe os phones dos ouvidos – Emily, o Dave está a ligar-me! O que é que eu faço?!
Emily ficou um pouco atrapalhada e depois disse:
- É melhor…
- Rápido, se não ele desliga! – interrompeu-a Carolyn.
- Se me deixasses falar!
- Fala, fala.
- É melhor atenderes e ouvires com calma o que ele te vai perguntar ou dizer. Respondes tudo como deve de ser ao que ele perguntar, sem mentir, e se a conversa não for dar para os lados do Dylan e de ti… conta-lhe. Se não for… contas na mesma. Tens de dizer-lhe agora… quanto mais tarde mais chateado ele vai ficar!
Carolyn baixou o olhar para o telemóvel e ficou a olha-lo. Por um lado ela queria que a chamada terminasse mas por outro… não queria ficar preocupada durante mais tempo. Tinha as mãos a suar e a tremer e por essa razão, sem querer, deixou o telemóvel cair no chão. Quando o telemóvel caiu e bateu no chão, premiu-se a tecla verde e a chamada foi atendida.
As duas raparigas ficaram a olhar para o telemóvel inteiro no chão. Foi então que ouviram uma voz masculina sair do auricular do mesmo. Quando ouviram a voz de Dave ficaram perplexas. Carolyn ficou tão nervosa que parecia que o seu coração ia sair-lhe pela boca. Emily abaixou-se, apanhou-o e apressou-se a dar-lho.
- Estou? – disse Carolyn a tentar fazer a voz mais normal que conseguia.
- Carolyn? És tu?
- Ah… Quem é que havia de ser? – soltou um risinho um pouco incerto para tentar descontrair e para ele não a achar demasiado tensa.
- Bem, podia ser o otário do teu amiguinho Dylan.
- Pois… Desculpa por aquilo que aconteceu, ele estava armado em parvo.
- Bem, se é que ele não é mesmo parvo todos os dias. E porque raio é que ele fez aquilo? – Dave não estava lá muito contente.
- Bem… - Emily estava ao lado dela por isso conseguia ouvir o que Dave dizia. Ela olhou para Carolyn e acenou a cabeça como um gesto de força para ela continuar – Eu tenho que falar contigo sobre uma coisa…
- O quê?
- É que… eu…
- Sim, Carolyn…
- Para mim é muito difícil dizer-te isto porque eu não queria mesmo que acontecesse, mas a verdade é que aconteceu – Carolyn começava agora a ficar emocionada e isso começava a notar-se na sua voz – e eu quero que saibas que não foi minha intenção de todo…
- Mas Carolyn, o que é que...
- Eu beijei o Dylan – exclamou antes que ele pudesse dizer alguma coisa.
- Tu o quê?
- Mais do que uma vez aliás. Dave, eu não sei o que é que se passa comigo – de um momento para o outro Carolyn começou a sentir necessidade de chorar, mas não o fez e por isso conteve-se - E o problema é que… eu não sei o que é que eu... eu sinto. Eu gosto de ti mais do que tu possas imaginar mas eu não sei o que é que o Dylan tem…
- Nunca pensei Carolyn, nunca mesmo. Nunca te traí e nunca pensei que fosses fazê-lo! – ele respirou tão fundo que Carolyn conseguiu ouvi-lo do auricular do telemóvel e a sua voz estava acentuada – Eu confiava em ti, Carolyn. Eu sempre confiei em ti, na tua fidelidade para comigo. Porquê, porquê isto agora?
- Desculpa, mas não fiz de propósito… Primeiro ele beijou-me e… - começava agora a sentir-se culpada por estar a acusar Dylan, mas era a verdade, tinha de ser – depois percebi que talvez, talvez sentisse algo por ele. Eu já pensei e repensei Dave, mas… foi tudo tão rápido que eu fiquei tão confusa, tão… eu percebo o que estás a sentir…
- Não! Tu não percebes… tu não imaginas. E queres saber porquê? Porque nunca ninguém te traiu antes. Porque eu nunca te traí… E tu acabaste de o fazer. Eu não… - Parou, o único sinal de fraqueza que demonstrara durante toda a conversa – Eu não quero falar contigo durante uns tempos. Não me telefones. Quando… se eu decidir que estou preparado, eu procuro-te.
Dave desligou o telemóvel, permitindo por fim que as lágrimas lhe deslizassem pela face. Baixou a cabeça e ficou a olhar para os seus próprios pés deixando as lágrimas caírem para o chão. Emily puxou-lhe o braço e abraçou-a. De seguida houve alguém que abriu lentamente a porta e espreitou. Era Dylan. Emily levantou-se e saiu permitindo assim que ele entrasse. Ele sentou-se à beira dela, levantou-lhe a face para ela o olhar nos olhos, limpou-lhe as lágrimas e lamentou:
- Desculpa… a culpa é minha.
Então o que é que acham? Olhem... eu estou um pouco triste com os comentários... :( quero mais please, ok? Quanto aos proximos capitulos... vai haver uma transformação na historia ^^ dps vêem ;P
kisses <3
Dois dias tinham passado desde o tal beijo. Desde aquela conversa que a deixou realmente angustiada por tudo o que fizera e por aquilo que não fizera, ou, deveria não ter feito. Era como se o mundo tivesse desabado sobre si, e a tivesse deixado desamparada sem saber o que fazer a seguir. Defrontava agora dois caminhos, dois rapazes igualmente perfeitos, e nenhum deles a podia fazer repensar. Quanto mais pensasse no assunto mais confusa e baralhada se sentia. Era ela que tinha de olhar para si e decidir, por si mesma, não por eles.
Carolyn abriu o frigorífico e vagueou o olhar pelas prateleiras quase vazias. Suspirou e num movimento rápido alcançou uma lata de Coca-Cola. Fechou-o e de seguida abriu a lata. Ficou a olhar para esta e depois encostou-se na bancada sem se dar conta que estava naquele preciso lugar onde tudo tinha acontecido. Elevou os olhos para a janela que estava mesmo na sua frente, por cima do lava-louça, e ficou a contemplar o extenso quintal da parte de trás da casa raiado pelo sol quente do inicio da tarde. Enquanto olhava pela janela deixou-se levar pelos seus pensamentos olhando uma pequena árvore do quintal no entanto de olhar vazio.
Dylan preparava-se para entrar nesse mesmo quintal para ir cortar a relva, depois de muito os pais o chatearem e de finalmente ele se convencer que tinha de ir mesmo faze-lo. Carolyn rapidamente se apercebeu da situação quando ouviu uns passos no quintal. Vagueou até à porta das traseiras que se encontrava na cozinha, abriu-a e deitou a cabeça de fora. Dylan sorriu-lhe, ela encostou a porta e foi ao encontro dele.
- Finalmente vejo-te a trabalhar – sorriu ela dando de seguida um gole no refrigerante.
- Por muito que me custe, tem de ser… - baixou o olhar para o corta relva que se encontrava ao seu lado e Carolyn riu-se.
- É engraçado porque a ti tudo te custa muito. Tu não gostas é de fazer nenhum!
Ele olhou para ela e ela olhou para ele, ficando assim alguns segundos – o que a começava a deixar algo desconfortável já que ela nunca aguentara tanto tempo a fixar-se nos olhos dele e ele nunca parecia incomodar-se – e depois Dylan baixou o olhar para a lata de Coca-Cola.
- Deixas-me dar um gole?
- Claro – disse ela um pouco indiferente esticando o braço para ele.
Dylan pegou-a e em vez de um, deu três. Voltou a olhar para ela com um ar bastante normal e estendeu-lhe a lata, quase fazia. Carolyn agarrou-a e depois de senti-la bastante leve lançou-lhe um ar um pouco bravo erguendo a sobrancelha direita.
Suspirou e disse-lhe por fim:
- Eu nem te digo nada…
- Ah, ainda bem! – sorriu – Assim poupas os meus ouvidos.
Carolyn foi sentar-se num dos degraus das escadinhas da porta das traseiras e ficou a observa-lo a cortar a relva. Mas depressa os pensamentos de há uns minutos voltaram a assombrar-lhe a mente. Estava agora preocupada com o que iria Dave dizer sobre o que Dylan lhe disse ao telemóvel na tal noite. Dave não era burro algum, e não ia deixar-se ficar por uma desculpa esfarrapada qualquer que Carolyn lhe falasse… E também a conhecia muito bem e iria topá-la assim que abrisse a boca. Ela tinha estado a adiar esta conversa consigo mesma durante os últimos tempos desde o que aconteceu, mas não poderia ser mais daquela forma. Assim que Dave tivesse oportunidade iria pedir-lhe explicações. E se havia coisa que Dave detestava era ser enganado. E quanto a Dylan… Carolyn tinha tentado afastar-se um pouco dele, mas isso não tinha sido justo, portanto, não o fez mais.
Dylan começou a ficar cansado e com ainda mais calor, portanto resolveu tirar a T-shirt. Deu uns passinhos na direcção de Carolyn e jogou-lhe a T-shirt para cima.
- Chiça! Alguém te atirou um balde de suor para cima ou tu é que pedis-te só para me pôr mal disposta?!
- Isso aí é o fruto do meu trabalho! É para não dizeres que não faço nada.
- Sim, claro tu deves trabalhar… uma vez em dois meses ou cena assim.
- Pois, pois. Nós depois falamos melhor…
Passado uns minutos Dylan desligou o cortador de relva e foi sentar-se nas escadas ao lado dela. Agarrou na camisola e limpou o suor da cara.
- Bem… hoje já fizeste os teus pais orgulhosos!
- Eles estão sempre orgulhosos de mim – disse num tom de voz que soava algo convencido – Sou o filho que toda a gente queria ter.
- Hum, quem te disse que eu queria ter um filho como tu?
- E quem te disse que eras gente?
Carolyn serrou as sobrancelhas e deu-lhe uma cotovelada na barriga. Ele queixou-se e depois riu-se. Ela riu também e depois ficaram os dois a contemplar o quintal calados, e só se ouviam os pássaros a cantar. Estava tão abafado que nem se escutava o vento soprar. Passado uns momentos Carolyn por fim disse:
- Dylan… - ele olhou para ela e ela estava a olhar para o degrau de cabeça baixa – Eu acho que… acho que vou contar ao Dave o que se tem passado entre nós.
Ela olhou para ele e este não reagiu. Ficou como normal como se ela não lhe tivesse dito aquilo. Só depois falou num tom bastante calmo na voz.
- Porquê?
- Sinto que lhe estou a ser desleal. E eu não sei disfarçar, muito menos mentir! Ele conhece-me tão, mas tão bem! Ele sabe logo quando estou nervosa ou ansiosa. Assim que abrir a boca ele vai perceber que não estou a ser verdadeira.
Dylan ficou uns segundos calado.
- Sabes que não vai ficar contente, certo?
- Claro que sei. Mas prefiro isso a mentir-lhe. E pior seria se ele descobrisse depois de lhe dar uma desculpa qualquer. Aí é que nunca mais me falava!
- Não te massacres agora com isso. Depois… - de repente o sistema de rega activou-se e molhou-os.
- Há… que bem que sabe! Estava cheia de calor.
- ‘Bora tomar banho? – disse ele a olhar para ela e a sorrir.
- Tomar banho? Na rega? Vestidos?
- Ya… Anda!
- Estou demasiado preocupada com esta cena para me estar aqui a divertir.
- Carolyn, esquece isso por agora. Tens tempo. Aproveita estes momentos! – ela ficou a olhar para ele sem uma expressão na face – Oh páh! Eu não quero andar para aqui a fazer figurinhas debaixo da rega do quintal sozinho, por isso, vens comigo – ele agarrou-lhe na mão e puxou-a para debaixo da rega.
Carolyn ficou parada a deixar a água cair-lhe sob o corpo quente. Ele empurrou-a mais para debaixo da água e sorriu.
- Não é bom?
Ela riu-se.
- Yah!
Ambos começaram aos saltinhos e aos pinotes quando Carolyn escorrega na terra molhada e cai no chão de costas. A primeira coisa que Dylan fez foi rir, rir, rir e rir. E só depois é que lhe perguntou se estava bem e se precisava de ajuda. E depois de Carolyn se recompor começaram aos pulos outra vez.
Emily saiu da casa de banho do quarto, desceu as escadas em direcção à sala e sentou-se no sofá ao lado de Carolyn e Dylan, que estavam agora a rir.
- Então, já tomaram banho?
- Já – respondeu Carolyn – E quem é que falta?
- O George… - Emily suspirou – Típico.
- Sempre a mesma gosma… - disse Dylan.
- E de que é que se riam antes de eu chegar?
- Do tralho que a Carolyn deu no quintal – riu-se – Devias ter visto!
Desculpem-me, desculpem-me, desculpem-me, muito, muito, muito, muito! Já devem ter reparado que a situação está complicada… mas é que primeiro foi o Algarve e depois foi os pais e depois foi o concerto dos THIRTY SECONDS TO MARS! Eu toquei no Jared Leto!!! Mas pronto… isso já são outras cenas :D Fiquei tão chocada que demorei um tempo a recuperar xD Neste momento tou ainda mais fã *-*! Mas enfim… eu vou recuperar a cena da escrita, ok?
Kisses 4 every 1 <3
Carolyn deixou-se levar e ele agarrou nela puxando-a para cima do balcão. Ele estava entre as suas pernas e tinha as mãos no pescoço dela e ela no peito dele. Carolyn tinha que controlar-se, aquilo não podia continuar. Ela contraiu os seus dedos contra o seu peito, deslocou os seus lábios dos dele, saltou para o chão e foi a correr para o quarto no andar de cima.
Abriu a porta num frenesim, trancou-a e respirou fundo. Quando se voltou para encarar Emily, ela não estava no quarto. “É melhor assim” pensou. De seguida houve alguém que bateu à porta. Era Dylan que estava agora constantemente a chamar o seu nome.
- Carolyn, deixa-me entrar. A sério… temos que falar – o seu tom de voz parecia calmo e sério.
- Não, agora não Dylan! – Carolyn sentou-se na cama e ficou a fitar a porta.
- Por favor! – passou a ficar mais exaltado – Abre a porta! – e confiante.
- Dylan, não! Eu preciso de pensar, sozinha.
- Mas eu posso ajudar-te a pensar!
- Não!!!
Dylan por fim calou-se. Ela podia até pensar que ele se tinha ido embora da beira da porta, mas ele era bastante previsível, não ia sai dali tão depressa.
Carolyn ficou deitada de barriga para o ar na sua cama a olhar para o tecto. Nunca tinha estado tão confusa, e sentia-se cada vez mais. Dylan não ia de modo algum ajuda-la a decidir o que sentia. Mas uma coisa Carolyn tinha a certeza, tinha de arranjar maneira de esquecer Dylan. Era Dave quem ela amava verdadeiramente.
Carolyn ouviu passos no corredor e pensou logo que fosse ele.
- Dylan, já te disse para saíres de ao pé da porta!
Do outro lado da porta, Dylan estava sentado no chão ao lado desta e Emily tinha acabado de chegar do escritório - tinha ido falar com o seu pai sobre um concerto que queria ir. Ele fazia-lhe sinais para que ela não o denunciasse. Dylan levantou-se e foi sussurrar ao ouvido de Emily:
- Finge que eu não estou aqui. Diz-lhe que és tu e para ela te abrir a porta. Quando ela abrir eu entro – disse-o tão baixinho que Emily quase que não o ouviu.
- Dylan, eu não posso fazer-lhe isso… ela vai matar-me! – sussurrou Emily.
- Faz isso pela felicidade do teu maninho. Vá lá… - Emily assentiu e Dylan sorriu. Ele encostou-se à parede junto à porta preparando-se para entrar.
- A… Carolyn? Sou eu a Emily – mordeu o lábio e olhou de seguida para Dylan.
- O Dylan já não está aí?
- Não. Ele foi para o quarto – Dylan sorriu ladinamente olhando para os seus pés e depois voltou a focar o olhar na porta.
Carolyn abriu a porta e Dylan avançou rapidamente para dentro do quarto antes que ela pudesse dizer alguma coisa. Fechou a porta atrás dele e agarrou-lhe nos ombros fazendo-a defrontar os seus olhos com os dele.
- Precisamos de falar, Carolyn. E não refiles! – ele respirou fundo baixando o olhar para os próprios sapatos – era um simples gesto bastante próprio dele quando precisava de se concentrar – e de seguida levantou o olhar para os olhos de Carolyn que se encontravam apinhados de angustia – O que é que se passa?
- Dylan, eu…
Naquele momento o telemóvel de Carolyn tocou. Os dois olharam automaticamente para este que estava pousado em cima da cama. Dylan rapidamente viu no ecrã quem lhe ligava. Agarrou no telemóvel num gesto rápido e atendeu.
- Está?
- Estou, Carolyn? – era Dave, que tinha conseguido ligar-lhe. Carolyn assim que ouviu a voz de Dave começou desesperadamente a tentar tira-lhe o telemóvel.
- Ouve, a Carolyn agora, não pode atender – respondeu Dylan.
- Dylan! Dá-me já isso! – Carolyn pulou para as suas costas depois de tentar alcançar o telemóvel saltando – porque o facto de Dylan ser um pouco mais alto que ela dificultava-lhe a tarefa. Ele contorcia-se para que ela não o vencesse e ela acabou por não o conseguir deter.
- Liga quando NÃO tiveres rede, ok? – disse ele ironicamente desligando o telemóvel logo a seguir.
- Tens consciência do que acabas-te de fazer, Dylan?! – Carolyn estava mesmo enraivecida – Estive semanas à espera que pudéssemos falar porque ele nunca tem rede!
- Agora é o NOSSO tempo!
Carolyn respirou fundo e contou até três.
- Sabes que não te vou perdoar por esta, não sabes?
- Não quero saber – Dylan continuou sério mas um pouco mais calmo – Eu quero falar contigo, sobre NÓS. Esquece o mundo lá fora, Carolyn! Esquece o Dave! – por momentos fez-se silêncio, um silêncio constrangedor. Dylan continuava a olha-la de forma desconfortante, mas parecia não se incomodar com isso. Carolyn obrigou-se a desviar o olhar, para ela era inquietante e desconfortável quando ele a olhava assim. Ele parecia que lhe conseguia ler os pensamentos olhando-a daquela maneira, confiante e sem medos. Ela obrigou-se a olhar para ele novamente percebendo que ele estava à espera que ela falasse. Por fim disse:
- Eu amo-te Dylan, mas não és só a ti.
- É também ao Dave não é? – Carolyn assentiu e ele voltou a baixar o olhar para os próprios sapatos – Porquê ele?
Carolyn soltou uma risadinha irónica e mordeu o lábio.
- Porquê TU, Dylan? – Dylan sentiu um aperto no coração e ela sentiu culpa por estás a dizer aquilo de uma forma tão áspera - Era suposto eu só gostar do Dave.
- Se calhar estamos destinados a ficar juntos – riu-se pouco convincentemente para tentar ficar mais à vontade – Eu gosto mesmo de ti Carolyn, e queria tanto que sentisses o mesmo por mim. Não sei bem se o que sentes agora é tão forte quanto o que eu sinto, mas ao menos sente-lo. Mas tinha que haver outro gajo qualquer antes de mim!
- Dylan…
- Porque é que não ouves o teu coração e escolhes quem queres realmente? Não podes decidir ficar com ele só porque é teu namorado e porque vocês têm uma história! – pronunciou o final da frase com um grande desdenho.
- Eu… eu sinto-me tão confusa! Quem me dera não estar assim agora!
- Queres dizer: quem me dera não me ter apaixonado por ti, Dylan. Certo? – a sua voz a soava agora grave e arrogante mas não falou alto, limitou-se a manter o volume mas a mudar a entoação.
Carolyn olhou em volta inspirando o ar e depois expirando-o desregulamente quase soluçando devido aos nervos. Começava agora a tentar evitar o olhar dele para não ter de sentir culpa, para não ter de ver a sua expressão de pura angústia diante dos seus olhos.
- Não respondes porque sabes que é verdade, não é Carolyn?
- Eu… eu gosto mesmo muito de ti Dylan… mas não pode ser assim. Não pode MESMO ser assim!
- Não achas que é injusto que tenha estado imenso tempo à espera de um beijo teu e de palavras como as que disseste ainda há bocado e quando finalmente acontece, dizes que tens de me esquecer?! – ele ia-se aproximando dela, com uma voz grave e convincente. Era como se aquelas palavras tivessem vida própria e a estivessem constantemente a atacar desfazendo-a em pequenos pedaços. E Carolyn não tinha como reagir. Estava impotente. Ele queria deixar bem claro que ela tinha errado.
- Dylan, a culpa não é minha! Tu provocavas-me, tu querias que eu me deixasse levar por ti. E olha bem o que aconteceu! Eu deixei-me levar demais por ti, apaixonei-me! Pronto, não era isso que querias? Arriscaste-te a que eu pudesse ficar hesitante. E foi o que aconteceu! E agora? Que queres que faça?! Que deixe a pessoa que amei durante mais de que um ano para trás para ficar contigo? – Carolyn passou com a língua nos lábios agora secos. Respirou fundo e continuou mais calma – Não estás a ajudar, Dylan. O que posso eu fazer? A decisão não é tua, não é do Dave, é minha! – as lágrimas começaram a assomarem-se aos seus olhos. Tentava por tudo não chorar.
- Desculpa… Não pensei nisso. A sério que não – ele aproximou-se dela e abraçou-a. Eles deixaram-se ficar abraçados.
Desculpem a demora pessoal mas teve q ser assim :( Mas pronto, já cá está o capitulo! Queria dizer tambem que vou ja hoje para o Algarve e portanto vou tentar deixar um capitulo para o postar automaticamente... mas n prometo nada. Espero q tenham gostado ^^
Olá pessoal! XD
Queria fazer uma divulgação do blog: http://just-you.blogs.sapo.pt/ que é tipo... absolutamente fantástico :O! E digo isto porque eu leio-o e amoo :3 ! Ela escreve muitissimo bem e também desenha *-*. Sim, porque ela de vez em quando faz um desenho para ilustrar o blog! Por favor passem por lá! É das melhores histórias que já li! (Não estou a brincar... é mesmo!) ^^
Sobre a história -.- ... eu sei, e sei, e sei, que não posto à uma porrrrrrada de tempo! Mas têm de entender que foram as ultimas semanas de aulas e agora que já não tenho mais porcarias da escola pra me darem conta do juízo e portanto vou postar muito muito! Amoooo-vos muito muito e quero que saibam que estou muito contente com os comentarios... fazem-me muito feliz! ^^
kisses 4every 1<3
- Então, ele não atende? – perguntou Emily saindo da casa de banho do quarto.
- Não… Já estou a tentar desde que chegamos a casa. E já são quase 19 horas! – disse Carolyn que estava deitada na cama.
- Tens de ter calma… ele não disse que lá no campismo não havia rede? – Emily fechou a porta do closet e foi sentar-se na sua cama - Pois então, quando ele tiver rede vai ligar-te.
- Sabes… tenho medo que ele não queira falar comigo…
- Porquê?! Vocês não são namorados? Não digas disparates, Carolyn!
- Se calhar está chateado por eu não lhe tentar ligar mais vezes. Há um tempo que não tento – prosseguiu com um tom pesaroso na voz.
- Carolyn… Não te preocupes, de certeza que ele não está a pensar isso.
De repente batem à porta. Carolyn e Emily levantam os olhos para a porta e Emily manda entrar. Abrem a porta e surge a mãe de Carolyn.
- Olá meninas, está tudo bem?
- Sim, entra – a Sr.ª Williams entra e fecha a porta.
- Queria só saber como foi o vosso dia. Gostaram de ir passear à cidade?
- Sim foi muito bom – respondeu Carolyn.
- Bastante! – exclamou Emily.
- Hoje de manhã saíram logo cedo e não podemos perguntar-vos como foi a noite de ontem também. A discoteca era perigosa? – questionou a Sr.ª Williams agora preocupada.
- Não, correu tudo bem.
- E beberam muito?
- Não, não. Foi tudo muito normal – iludiu-a Emily.
- Pois foi – comentou Carolyn.
- Ok. Era mesmo só para saber como estavam. É que temos estado pouco tempo juntos, pais e filhos.
- Pois é… Temos de passar mais tempo com os pais – colaborou Emily sorrindo.
- Bem, a Luise está a fazer o jantar sozinha e eu vou ajuda-la – avançou para a porta e depois voltou a olhar para trás – Daí a um tempo eu chamo-vos.
Assim que a Sr.ª Williams fechou a porta Emily olhou para Carolyn algo intrigada e foi sentar-se ao seu lado na cama dela.
- Carolyn… eu não te quero pressionar, mas… tu gostas do meu irmão? – ela revirou os olhos – Oh, vá lá! Se nada sentisses aquele beijo não tinha acontecido!
- Emily… eu não sinto mesmo nada de nada por ele – ela baixou o olhar para a cama.
- A mim não enganas, Carolyn. Podes falar comigo sobre isso, a sério.
- A verdade é que estou mesmo muito confusa… - Emily arregalou os olhos – Essa cena de o ter beijado está-me a deixar completamente louca! Tu tens razão, – elevou os olhos para ela – eu não sei o que sinto.
- Eu já estranhava isso mesmo.
- É obvio que gosto do Dave. Eu conheço todos os bocadinhos dele, todos. Mas… há qualquer coisa no Dylan que… eu não sei.
- Bem, é normal que estejas confusa…
- Mas sinto-me super mal comigo mesma! Nem sei o que o Dave ia pensar se soubesse. Não sei o que é que se passa comigo. Há qualquer coisa no Dylan que… eu não sei… talvez goste mesmo dele.
Houve uma voz que veio interromper a conversa. Era a mãe de Dylan, Luise, a chamar para irem jantar. Quando desceram os rapazes estavam na sala praticamente aos berros a jogar PlayStation. Os homens da casa também desceram, os pais, e sentaram-se à mesa. O jantar foi carne no forno e todos diziam que estava delicioso! Luise era uma óptima cozinheira!
No final do jantar Carolyn e Emily foram para o quarto. Emily estava na internet e Carolyn estava deitada na cama a ler. De vez em quando parava de ler e olhava para o telemóvel, este também em cima da cama ao seu lado, esperando que Dave lhe ligasse ou algo do género. Precisava de ouvir a sua voz, de saber se estava tudo bem. No fundo esperava que falar com ele resolvesse tudo. Não tinha muita esperança, mas queria acreditar que ao falar com ele as suas dúvidas desaparecessem.
Carolyn levantou-se da cama e dirigiu-se para a porta.
- Vou beber qualquer coisa.
Emily levantou os olhos do ecrã do portátil, olhou para ela e assentou.
Carolyn desceu as escadas e quando passou pela cozinha viu que esta estava vazia. Normalmente estavam lá os pais, mas desta vez deviam ter ido para o quarto ver televisão. Abriu a porta do frigorífico e retirou de lá o pacote de Sunny Amo bué no verão ^^. Carolyn agarrou num copo que estava a secar no lava-loiça, despejou uma porção de sumo lá para dentro e, em seguida, levou-o à boca. Atrás de si ouviu uns passos a descerem as escadas. Olhou para trás e viu Dylan surgir à porta da cozinha.
- Então… - aproximou-se de Carolyn apoiando o cotovelo na bancada e apoiando a sua cabeça no punho fechado – O sumo, está bom?
Carolyn revirou os olhos e sorriu.
- O que é que achas?
- Bem, - ergueu-se e aproximou-se mais dela – acho que está… bom.
- Ok – disse ela indiferente levando o copo à boca dando um gole em seguida.
- Estive a pensar…
- Ai, quando tu pensas… - ele riu-se e prosseguiu.
- Não a sério – ela olhou para ele – Estás a deixar-me confuso.
- Confuso… com o quê?
- A cena de ontem à noite.
- Dylan, não significou nada. Como tu disseste, eu estava descontrolada.
- Ok, mas porque é que não beijaste outra pessoa qualquer? Porquê eu?
- Olha, por que estava ao pé de ti naquele momento, sei lá!
- Carolyn, - ele agarrou-lhe no pulso - eu tenho se saber o que sentes. Tenho aguentado este Verão todo à espera de mais sinais, de que me digas o que eu quero ouvir.
- Mas Dylan… - ele interrompeu-a e prosseguiu.
- E não foi só ontem que me despertaste a atenção. Tem sido ao longo de todo o tempo em que temos estado juntos, tu ages de forma diferente quando estás comigo – ele aproximou-se mais dela – E não aguento mais ser aquele que te compreende e te diz que é tudo normal e que tudo o que me fizeste não tem significado algum. Porque, eu não sou essa pessoa, na verdade, eu não te consigo compreender, não consigo mesmo. E quero saber o que sentes realmente – o tom de voz dele passou a ser mais grave, mas não chegava a ser arrogante - Chega de mentiras, Carolyn, chega.
- Mas Dylan, é a verdade. Pode ser só química entre nós dois, só isso, nada mais – Carolyn tinha de o convencer de que não gostava dele, embora soubesse que ele tinha razão e que ela estava realmente apaixonada por ele.
- Não, não é só isso. Eu sei que não estás a dizer a verdade.
- Dylan, tens de ver as coisas como elas são. Eu gosto do Dave, e não me interessa mais ninguém – Dylan soltou uma risadinha.
- Tu só estás a pensar nele, nele e nele! Só dizes que não gostas de mim porque tens o Dave – Dylan proferiu o nome com um enorme desdém – à perna! Esquece-o! Esquece que ele existe e diz-me realmente o que sentes, Carolyn!
Carolyn sentiu um enorme aperto no coração. Não lhe conseguia dizer de maneira alguma o que sentia. Eram palavras que estavam estranguladas na sua garganta. E sabia que se lhe dissesse o que sentia iam haver enormes problemas e uma grande pressão da parte dele. Tinha de manter a farsa e tentar não se ir abaixo. Tinha que lhe dar a entender que tudo o que ele pensava era mentira.
Carolyn baixou o olhar para os próprios sapatos e ficou em silêncio. Ele cruzou os braços sobre o peito e ficou a olha-la. Em seguida agarrou-lhe no queixo e ergueu-lhe a face para ele a contemplar. Carolyn ficou a fitar os olhos dele por alguns momentos e ele os dela. Ela conseguia ver a ansiedade nos seus olhos. A respiração de ambos estava irregular, mas ele manifestava-se bastante calmo. Carolyn encheu os pulmões de ar e por fim proferiu:
- Dylan, eu não te amo.
Ele continuou a fita-la por uns momentos, sem qualquer reacção. Quando, num movimento rápido, agarrou-lhe nos ombros e encostou-a ao balcão que estava no meio da cozinha. Chama-se “ilha”. Podem ver melhor aqui: https://1.bp.blogspot.com/_IiOaiyzFSn8/TFbDDlMo3kI/AAAAAAAAAEE/Xnbm3fNmh3A/s1600/casas+pequenas+e+bonitas.jpg Carolyn ficou entre Dylan e o balcão. O espaço entre eles eram tão mínimo que quando ele se aproximou ainda mais dela, esta teve a sensação de o coração lhe ir saltar pela boca. Ele continuava a fita-la e por fim encostou a sua boca ao seu ouvido e disse quase como um sussurro:
- Diz-me que não gostas que te faça isto – e ele encostou-a ainda mais a ele quase como se fossem um só. Os lábios dele começaram a vaguear pelo pescoço dela. Carolyn estremecia sempre que sentia o fôlego dele na sua pele. Depressa chegou aos seus lábios e roçou os seus nos dela. Ela não o conseguia afastar, sentia-se como parte dele e limitava-se a assentir a tudo que ele lhe fazia – Se quiseres que pare, diz-me – mas ela não conseguia. Sabia que era um teste, e se ela nada fizesse, ele ia beija-la. Era como ela lhe tivesse permitido para fazer tal coisa e só ela agora o podia parar. Mas mais uma vez nada disse, e ele depressa colou os seus lábios aos dela. Carolyn tentou mais uma vez assumir controlo mas já era tarde. Estava completamente enfeitiçada por ele, pelo seu toque, pelo seu perfume. Deixou-se levar e ele agarrou nela puxando-a para cima do balcão. Ele estava entre as suas pernas e tinha as mãos no pescoço dela e ela no peito dele.
Então??? O proximo tamem vai ser girúú! É que este é mais sério e o outro vai ser mais para rir!
Queria agradecer à Nokas (http://taylenastorys.blogs.sapo.pt/) porque ela também me ajudou a ter ideias para o capitulo (não foi bem este ... é mais o proximo) e sem ela não ia ser a mesma coisa XD (ela ajudou na parte engraçada)
Divulgação:
Queria divulgar o blog da catarinaaa :D - lifehasitstrickyways.blogs.sapo.pt - Ela está a começar uma story nova e vai no 1º Capitulo! Já li e esta a ficar super interessante! Passem por lá please!
Carolyn abriu lentamente os olhos e deparou-se com o tecto branco do quarto. Levantou-se lentamente e sentou-se na cama. Assim que ergueu a cabeça deparou-se com uma enorme dor de cabeça. Não sabia o porquê daquela dor. Quase parecia que a sua cabeça ia explodir. Olhou para o despertador ao seu lado pousado em cima de mesa-de-cabeceira. Era meio-dia! Como é que tinha acordado tão tarde?! Olhou em volta e viu que o quarto estava vazio. “Pois claro, quem é que está a dormir a estas horas? Só mesmo eu!” pensou levantando-se da cama. Avistou qualquer coisa florescente e em cima da mesa e olhou para esta mais uma vez. Deparou-se com uma fita de pulso amarela florescente daquelas que se têm de pôr à entrada das discotecas. Depressa se lembrou da noite anterior. Do jantar, da discoteca, dos shots, da vodka e… do beijo. Carolyn ficou perplexa de pé em frente da mesa-de-cabeceira, fitando a fita amarela. Não teve reacção até baterem à porta. Carolyn ergueu o olhar para a porta, ainda algo perturbada, e disse em voz baixa:
- Entre…
- Ei, - espreitou Dylan pela porta, com um sorriso - sou eu – entrou no quarto e fechou-a atrás de si.
Carolyn permanecia no mesmo sítio desde que ele batera à porta, não se mexeu, apenas sorriu quando ele sorriu para ela.
- O que é que se passa? – aproximou-se e sentou-se na cama virado de frente para ela que continuava de pé.
- Não consegues adivinhar? – ele mordeu o lábio e suspirou.
- Bem, desculpa por aquilo de ontem à noite…
- Não. – interrompeu ela – Não tens nada de pedir desculpa. Foi eu… fui eu que te beijei – ela sentou-se ao lado dele – Desculpa eu – ele riu-se.
- Para ser sincero, eu gostei imenso do teu beijo. Não vou mentir.
- Já deu para perceber isso – riu-se – estás a sorrir por tudo e por nada. Como eu te conheço.
- Sim, é verdade. E não te culpes pelo que aconteceu. Abusaste um bocado na bebida e depois descontrolaste-te. Não fiques assim, é normal isso acontecer.
- Mas não o devia ter feito de qualquer das maneiras – ela ergueu o olhar para ele.
Ficaram uns momentos em silêncio e o estômago de Carolyn veio romper o silêncio quando roncou. Eles riram-se.
- Acho que o teu estômago quer ir tomar o pequeno-almoço.
- E a minha cabeça quer um comprimido – queixou-se ela jogando uma mão à cabeça.
- Então vamos lá para baixo? – levantou-se.
- Vamos, sim.
Desceram as escadas e dirigiram-se os dois para a cozinha. Emily e George estavam na conversa, mas quando eles entraram calaram-se.
- Bom dia – disse ela com um sorriso – Interrompemos alguma coisa?
- Antes de mais nada: Lembras-te do que aconteceu ontem à noite? – perguntou Emily quase como um sussurro.
- Plenamente – respondeu sentando-se na cadeira ao lado de Emily.
- Uff! Tínhamos medo que ainda não soubesses. E aceitaste-o bem! – disse George.
- Continuo chateada comigo mesma. Mas já estou bem.
- Não te massacres. Foi sem querer certo? – perguntou Emily barrando uma torrada com manteiga.
- Certo. – bem, no fundo Carolyn já não tinha tanta certeza. Porque é que o tinha beijado, afinal? Se nada sentisse não o teria feito. Seria apenas atracção física ou mais que isso? Estava confusa e precisava de tempo para pensar.
- Bem, hoje ficamos a manhã em casa, certo? – perguntou Dylan sentando-se numa cadeira.
- Sim, com uma dor de cabeça como a que tenho não vou a lado nenhum – disse Carolyn pegando na sua caneca com leite.
O pequeno-almoço depressa se passou e para não ficarem em casa o dia inteiro decidiram ir dar um passeio pelo litoral e só mais tarde penetrarem na cidade. O passeio pelo litoral estava a decorrer normalmente até que decidiram ir a um Snack Bar almoçar qualquer coisa. Depois do almoço começaram a caminhar mais para o centro da cidade. Depois decidiram ir a uma geladaria. Seguidamente sentaram-se nuns bancos de jardim a comer um gelado e a contar histórias.
- Ah, e houve uma vez em que não nos deixaram sair da escola porque tinha havido uma cena marada qualquer e então nós decidimos pular a vedação, lembras-te? – disse Dylan olhando para George.
- Yah pois foi! E depois fomos apanhados e levados ao gabinete do director! Foi mesmo louco! – exclamou George lambendo em seguida o gelado.
- E a mãe quando soube passou-se! – prosseguiu Emily a rir-se – Ficaste sem computador durante uma porrada de dias.
- Bem… Vocês só fazem porcaria! – concluiu Carolyn a sorrir.
- O quê? Nós?! Nós não fazemos nada, eles é que nos apanham! – disse Dylan ironicamente.
Começaram-se todos a rir.
Depois enfiaram-se num centro comercial e Carolyn e Emily puseram-se a experimentar roupa e a tirar fotos. Eles ficavam a fazer de empregados.
- Dylan. - chamou Carolyn.
- Ainda estou aqui… - disse ele secamente sentado num cadeirão em frente ao provador fechado dela.
- Vai lá buscar o M deste vestido, please – pediu ela esticando o braço para fora do provador agarrando o vestidinho curto de manga curta com um padrão de rosinhas vermelhas com um cinto castanho para pôr à cintura.
Ele levantou-se sem qualquer vontade, arrancou-lhe o vestido das mãos e foi à procura do que ela lhe pediu. Quando voltou vez o mesmo que ela. Esticou o braço para dentro do provador, e sem querer, viu que Carolyn estava a tirar “porcaria” dos dentes com as unhas virada para o espelho e de costas para ele. Ela deu um salto quando ele esticou o braço e a assustou. Ela recolheu o vestido e ele retirou o braço dando uma risadinha.
- O que é que foi? Viste alguma coisa?!
- Não, nada de especial – ele voltou a sentar-se no cadeirão com uma pose extremamente confiante. Estava todo encostado para trás, com as mãos atrás da cabeça e as pernas ligeiramente afastadas.
- Dylan Rogers! O que é que vossemecê viu?! – ela continuava dentro do provador a vestir-se.
- Tem calma. Só te vi a limpar os dentes… com as unhas – e voltou a rir-se, mas desta vez descontroladamente.
- HA-HA-HA! – riu ela sarcasticamente – Até parece que nunca fizeste!
- Bem, mas tu tens mais piada quando fazes isso.
- Pois, pois. Eu sou a palhaça! – ela abriu a cortina e saiu de dentro do provador e rodopiou – Que achas?
- Linda como todos os dias – elogiou-a com um sorriso ladino.
Ela corou. Carolyn podia ter namorado, mas ele nunca deixava de lhe fazer elogios e de se meter com ela. Desde que ela não se chateasse, para ele estava tudo bem.
- Pois… isso quer dizer que levo?
- Claro!
Ela voltou para dentro e vestiu a roupa que tinha. Pagaram o que queriam levar e retomaram o caminho pela cidade.
O proximo capitulo é um dos meus favoritos XD Não percam e comentem muito :P
Kisses 4 every 1
. Vida de Carolyn: Two Love...
. I'm back
. Vida de Carolyn: Two Love...
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. Divulgação e conversinha ...
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