Dois dias tinham passado desde o tal beijo. Desde aquela conversa que a deixou realmente angustiada por tudo o que fizera e por aquilo que não fizera, ou, deveria não ter feito. Era como se o mundo tivesse desabado sobre si, e a tivesse deixado desamparada sem saber o que fazer a seguir. Defrontava agora dois caminhos, dois rapazes igualmente perfeitos, e nenhum deles a podia fazer repensar. Quanto mais pensasse no assunto mais confusa e baralhada se sentia. Era ela que tinha de olhar para si e decidir, por si mesma, não por eles.
Carolyn abriu o frigorífico e vagueou o olhar pelas prateleiras quase vazias. Suspirou e num movimento rápido alcançou uma lata de Coca-Cola. Fechou-o e de seguida abriu a lata. Ficou a olhar para esta e depois encostou-se na bancada sem se dar conta que estava naquele preciso lugar onde tudo tinha acontecido. Elevou os olhos para a janela que estava mesmo na sua frente, por cima do lava-louça, e ficou a contemplar o extenso quintal da parte de trás da casa raiado pelo sol quente do inicio da tarde. Enquanto olhava pela janela deixou-se levar pelos seus pensamentos olhando uma pequena árvore do quintal no entanto de olhar vazio.
Dylan preparava-se para entrar nesse mesmo quintal para ir cortar a relva, depois de muito os pais o chatearem e de finalmente ele se convencer que tinha de ir mesmo faze-lo. Carolyn rapidamente se apercebeu da situação quando ouviu uns passos no quintal. Vagueou até à porta das traseiras que se encontrava na cozinha, abriu-a e deitou a cabeça de fora. Dylan sorriu-lhe, ela encostou a porta e foi ao encontro dele.
- Finalmente vejo-te a trabalhar – sorriu ela dando de seguida um gole no refrigerante.
- Por muito que me custe, tem de ser… - baixou o olhar para o corta relva que se encontrava ao seu lado e Carolyn riu-se.
- É engraçado porque a ti tudo te custa muito. Tu não gostas é de fazer nenhum!
Ele olhou para ela e ela olhou para ele, ficando assim alguns segundos – o que a começava a deixar algo desconfortável já que ela nunca aguentara tanto tempo a fixar-se nos olhos dele e ele nunca parecia incomodar-se – e depois Dylan baixou o olhar para a lata de Coca-Cola.
- Deixas-me dar um gole?
- Claro – disse ela um pouco indiferente esticando o braço para ele.
Dylan pegou-a e em vez de um, deu três. Voltou a olhar para ela com um ar bastante normal e estendeu-lhe a lata, quase fazia. Carolyn agarrou-a e depois de senti-la bastante leve lançou-lhe um ar um pouco bravo erguendo a sobrancelha direita.
Suspirou e disse-lhe por fim:
- Eu nem te digo nada…
- Ah, ainda bem! – sorriu – Assim poupas os meus ouvidos.
Carolyn foi sentar-se num dos degraus das escadinhas da porta das traseiras e ficou a observa-lo a cortar a relva. Mas depressa os pensamentos de há uns minutos voltaram a assombrar-lhe a mente. Estava agora preocupada com o que iria Dave dizer sobre o que Dylan lhe disse ao telemóvel na tal noite. Dave não era burro algum, e não ia deixar-se ficar por uma desculpa esfarrapada qualquer que Carolyn lhe falasse… E também a conhecia muito bem e iria topá-la assim que abrisse a boca. Ela tinha estado a adiar esta conversa consigo mesma durante os últimos tempos desde o que aconteceu, mas não poderia ser mais daquela forma. Assim que Dave tivesse oportunidade iria pedir-lhe explicações. E se havia coisa que Dave detestava era ser enganado. E quanto a Dylan… Carolyn tinha tentado afastar-se um pouco dele, mas isso não tinha sido justo, portanto, não o fez mais.
Dylan começou a ficar cansado e com ainda mais calor, portanto resolveu tirar a T-shirt. Deu uns passinhos na direcção de Carolyn e jogou-lhe a T-shirt para cima.
- Chiça! Alguém te atirou um balde de suor para cima ou tu é que pedis-te só para me pôr mal disposta?!
- Isso aí é o fruto do meu trabalho! É para não dizeres que não faço nada.
- Sim, claro tu deves trabalhar… uma vez em dois meses ou cena assim.
- Pois, pois. Nós depois falamos melhor…
Passado uns minutos Dylan desligou o cortador de relva e foi sentar-se nas escadas ao lado dela. Agarrou na camisola e limpou o suor da cara.
- Bem… hoje já fizeste os teus pais orgulhosos!
- Eles estão sempre orgulhosos de mim – disse num tom de voz que soava algo convencido – Sou o filho que toda a gente queria ter.
- Hum, quem te disse que eu queria ter um filho como tu?
- E quem te disse que eras gente?
Carolyn serrou as sobrancelhas e deu-lhe uma cotovelada na barriga. Ele queixou-se e depois riu-se. Ela riu também e depois ficaram os dois a contemplar o quintal calados, e só se ouviam os pássaros a cantar. Estava tão abafado que nem se escutava o vento soprar. Passado uns momentos Carolyn por fim disse:
- Dylan… - ele olhou para ela e ela estava a olhar para o degrau de cabeça baixa – Eu acho que… acho que vou contar ao Dave o que se tem passado entre nós.
Ela olhou para ele e este não reagiu. Ficou como normal como se ela não lhe tivesse dito aquilo. Só depois falou num tom bastante calmo na voz.
- Porquê?
- Sinto que lhe estou a ser desleal. E eu não sei disfarçar, muito menos mentir! Ele conhece-me tão, mas tão bem! Ele sabe logo quando estou nervosa ou ansiosa. Assim que abrir a boca ele vai perceber que não estou a ser verdadeira.
Dylan ficou uns segundos calado.
- Sabes que não vai ficar contente, certo?
- Claro que sei. Mas prefiro isso a mentir-lhe. E pior seria se ele descobrisse depois de lhe dar uma desculpa qualquer. Aí é que nunca mais me falava!
- Não te massacres agora com isso. Depois… - de repente o sistema de rega activou-se e molhou-os.
- Há… que bem que sabe! Estava cheia de calor.
- ‘Bora tomar banho? – disse ele a olhar para ela e a sorrir.
- Tomar banho? Na rega? Vestidos?
- Ya… Anda!
- Estou demasiado preocupada com esta cena para me estar aqui a divertir.
- Carolyn, esquece isso por agora. Tens tempo. Aproveita estes momentos! – ela ficou a olhar para ele sem uma expressão na face – Oh páh! Eu não quero andar para aqui a fazer figurinhas debaixo da rega do quintal sozinho, por isso, vens comigo – ele agarrou-lhe na mão e puxou-a para debaixo da rega.
Carolyn ficou parada a deixar a água cair-lhe sob o corpo quente. Ele empurrou-a mais para debaixo da água e sorriu.
- Não é bom?
Ela riu-se.
- Yah!
Ambos começaram aos saltinhos e aos pinotes quando Carolyn escorrega na terra molhada e cai no chão de costas. A primeira coisa que Dylan fez foi rir, rir, rir e rir. E só depois é que lhe perguntou se estava bem e se precisava de ajuda. E depois de Carolyn se recompor começaram aos pulos outra vez.
Emily saiu da casa de banho do quarto, desceu as escadas em direcção à sala e sentou-se no sofá ao lado de Carolyn e Dylan, que estavam agora a rir.
- Então, já tomaram banho?
- Já – respondeu Carolyn – E quem é que falta?
- O George… - Emily suspirou – Típico.
- Sempre a mesma gosma… - disse Dylan.
- E de que é que se riam antes de eu chegar?
- Do tralho que a Carolyn deu no quintal – riu-se – Devias ter visto!
Desculpem-me, desculpem-me, desculpem-me, muito, muito, muito, muito! Já devem ter reparado que a situação está complicada… mas é que primeiro foi o Algarve e depois foi os pais e depois foi o concerto dos THIRTY SECONDS TO MARS! Eu toquei no Jared Leto!!! Mas pronto… isso já são outras cenas :D Fiquei tão chocada que demorei um tempo a recuperar xD Neste momento tou ainda mais fã *-*! Mas enfim… eu vou recuperar a cena da escrita, ok?
Kisses 4 every 1 <3
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